O Olhar Que Atravessa O Tempo


A aliança que marido e esposa trocam no dia do casamento não é apenas um símbolo de compromisso: ela é também promessa de um olhar que atravessa o tempo.

No início, tudo é novidade: a juventude, os sonhos, o entusiasmo. Com o passar dos anos, a rotina se instala, o corpo muda, as rugas aparecem, os cabelos embranquecem. Envelhecer juntos é inevitável, mas o matrimônio é mais do que acompanhar a passagem do tempo como um destino biológico. Ele é um projeto de amor.

Quando o coração aprende a ver com os olhos do amor, descobre que a beleza mais profunda não se perde. Pelo contrário: ela amadurece, cresce e se torna ainda mais luminosa. O matrimônio guarda uma força única — a de manter o amor sempre jovem. Porque, aos olhos de quem ama, ninguém envelhece.

Aquela aliança colocada na mão esquerda, no dia do “sim”, continua dizendo todos os dias: “Eis aí o teu marido, eis aí a tua esposa.” É um lembrete silencioso de que, mesmo quando o corpo muda, o olhar do amor é capaz de enxergar além da aparência, reconhecendo a mesma pessoa escolhida desde o início, a mesma vida partilhada, a mesma promessa de caminhar juntos até o fim.

A boa nova do matrimônio é justamente essa: o marido continua vendo naquela mulher, já marcada pelo tempo, a jovem que caminhou até o altar. A esposa continua enxergando naquele homem, agora de cabelos grisalhos, o rapaz de olhar vivo que a esperava ansioso. O amor não apaga o tempo, mas cria uma lente nova, capaz de ver sempre a essência: a pessoa escolhida, amada e acolhida desde o começo.

💬 Para refletir:

O olhar de vocês tem conseguido atravessar o tempo, reconhecendo no outro não apenas as mudanças da vida, mas a mesma pessoa que foi escolhida desde o primeiro dia?

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