Romper Com o Mal, Abrir-se Ao Amor
Viver a dois é aprender, todos os dias, a lidar com limites, diferenças e até feridas. Há momentos em que a tentação é responder na mesma moeda: palavra dura por palavra dura, silêncio por silêncio, indiferença por indiferença. Mas o amor não sobrevive quando entra nessa lógica de retribuições.
A boa nova é que o matrimônio pode ser um espaço para romper com o mal. Amar não significa esperar que o outro seja perfeito, mas escolher permanecer fiel mesmo nas fragilidades. É decidir não guardar rancor, não alimentar mágoas e não deixar que o orgulho se torne maior do que o compromisso assumido no altar.
Esse compromisso, no entanto, não se limita ao casal. O matrimônio transborda do amor a dois para uma realidade maior: a família. O amor fiel entre marido e esposa se abre naturalmente para a vida, para os filhos que virão, para a missão de educá-los na fé e nos valores que sustentam a vida. Romper com o mal, nesse contexto, é também ensinar pelo exemplo: mostrar às crianças que o perdão é mais forte que a mágoa, que a generosidade vence o egoísmo e que o amor fiel é capaz de transformar o mundo.
Esse caminho parece exigente, mas abre espaço para algo maior: uma graça que supera qualquer cálculo. Quando o casal — e depois a família — se esforça para perdoar, recomeçar e se doar sem cobranças, descobre uma paz e uma união que não se explicam apenas pela força humana. É como se Deus derramasse uma medida de amor transbordante — muito além do que se podia imaginar ou esperar.
A proposta do matrimônio é justamente essa: construir um amor que resiste às lógicas de vingança e que encontra força na generosidade. Não é um ideal inalcançável, mas uma promessa que se cumpre quando marido e esposa, junto com os filhos, decidem deixar Deus ser o fundamento do seu lar.
💬 Para refletir:
O matrimônio de vocês tem sido apenas um viver a dois, ou já se tornou uma família que, unida no amor, rompe com o mal e se abre para uma graça que transborda de geração em geração?

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